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1985, Vila Real


Em 1985, Vila Real recebeu pela terceira vez (1982, 1984 e 1985) uma prova pontuável para o TOURIST TROPHY

da FIM. Esta manifestação desenrolou-se juntamente com a prova do Campeonato Nacional de Velocidade.

Sobre este evento, a biografia autorizada de Joey Dunlop (Mac McDiarmid foreword by Bob McMillan) diz: "A corrida de Vila Real, disputada sob temperaturas verdadeiramente incapacitantes, trouxe mais um infeliz episódio com água. No final da prova, as boxes pareciam um hospital de campo, com pilotos a entrar em colapso em vários estágios de exaustão devido ao calor. Como Joey se dirigiu para a sua box após receber a bandeirada final, o piloto local Manuel João saiu da sua numa tentativa desesperada para tentar classificar-se. Por um horrível momento, chegou a pensar-se que poderia correr muito mal. Por causa deste episódio, Barry Symmons (director do Team HONDA) atirou uma garrafa de água contra o piloto português, atingindo-o no ombro e provocando a sua queda. João levantou-se pelo seu pé, correu de volta e, ajudado pelo seu pessoal de box, pontapeou o seu agressor. As tentativas para desclassificar Joey foram goradas quando a evidência de vídeo deu razão à atitude desesperada de Symmons. Após ter sofrido três costelas partidas e pontapés em defesa do seu piloto, Barry pesarosamente disse: - Eu acho que Joey percebeu que defendi o seu interesse de corpo e alma"

Na prova destinada às TT1 (ou Fórmula 1) compareceram 51 pilotos, a grande maioria estrangeiros para disputar os 36 lugares disponíveis para grelha de partida. Nos treinos Graeme McGregor impôs a sua rapidez a Joey Dunlop que foi seguido por Andy McGladdery. Manuel João (28º tempo) e André Cunha (35º tempo) foram os únicos portugueses a conseguir a qualificação para a corrida. Antes da partida para a corrida, deu-se um episódio caricato com vários pilotos a recusar-se a alinhar por terem sido roubados no parque de campismo, acalmados os ânimos a corrida teve inicio. Joey Dunlop venceu depois de uma grande luta com McGladdery (que desistiu à 11ª volta) seguido de Graeme McGregor e Mick Grant. Também Trevor Nation discutiu as posições cimeiras no inicio da corrida, no entanto, teve problemas com o selector da caixa de velocidades sendo obrigado a ir às boxes, atrasando-se irremediávelmente e terminando na 23ª posição. Joey Dunlop fez a volta mais rápida da corrida e salenta-se também o facto de a sua equipa ter sido a mais rápida a proceder ao reabastecimento. André Cunha ficou em 25º e Manuel João em 28º. Nas classificações apresentadas abaixo, ao analisar a média do vencedor de TT1, deve ter-se em atenção o facto desta prova ter tido uma paragem para reabastecimento.

Nas TT2 (ou Fórmula 2) o favoritismo ia para Tony Rutter que tinha vencido as duas edições anteriores da prova nesta classe (1982 e 1984), no entanto nos treinos Gary Padgett impôs-se a Brian Reid ficando Rutter na terceira posição. Joe Domingues (24º num total de 28 pilotos qualificados) foi o único português a conseguir conquistar o direito de estar na grelha de partida. Na corrida, Rutter foi o primeiro líder, no entanto no final da corrida Brian Reid impôs-se, seguido por Rutter e por Padgett. Esta corrida ficou marcada por grandes disputas, na primeira parte da prova, os dez primeiros discutiram as posições palmo a palmo. No final da corrida, Rutter viria a desmaiar devido ao cansaço e ao calor. Joe Domingues ficou em 17º lugar.

No Campeonato Nacional de Velocidade, a escassez de participantes levou a que as cinco classes em disputa fossem agrupadas por forma a realizar apenas duas corridas.

Assim as 250cc correram junto com as Classe 1 e 2 da Superprodução. Nos treinos: na geral e nas 250cc, José Pereira foi o mais rápido com grande margem, na Classe 2 da Superprodução coube a Manuel João a primeira posição e na Classe 1 o mais rápido foi André Cunha. A corrida foi uma cavalgada solitária de José Pereira, ganhou sem dar hipóteses, Alexandre Laranjeira e Sande e Silva foram respectivamente os 2º e 3º classificados da geral e da classe 250cc tendo cortado a meta a colados, a mais de um minuto de Pereira. Manuel João foi o quarto da geral e o primeiro da Classe 2 de Superprodução enquanto André Cunha foi 6º da geral tendo vencido a Classe 1.

Nas 80cc correram juntos os Séniores e os Júniores. José Ferreira foi o mais rápido nos treinos seguido por Sande e Silva, entre os Júniores, Jorge Dias superiorizou-se aos seus adversários. Na corrida José Ferreira liderou do principio ao fim seguido de perto por Sande e Silva tendo cabido a Manuel Duarte a terceira posição. Entre os Júniores, Vitor Pereira levou de vencida Jorge Dias. Costa Paulo, piloto de Vila Real, desistiu.

Classificações:

TT1

1º Joey Dunlop - Reino Unido - HONDA - média de 142,4200 km/h

2º Graeme McGregor - Austrália - SUZUKI

3º Mick Grant - Reino Unido - SUZUKI

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25º André Cunha - Portugal - YAMAHA

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28º Manuel João - Portugal - HONDA

TT2

1º Brian Reid - Reino Unido - YAMAHA - média de 145,5300 km/h

2º Tony Rutter - Reino Unido - DUCATI

3º Gary Padgett - Reino Unido - YAMAHA

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17º Joe Domingues - Portugal - YAMAHA

250cc e Superprodução (Classes 1 e 2)

1º José Pereira - Portugal - YAMAHA - média de 144,3500 km/h

2º Alexandre Laranjeira - Portugal - YAMAHA

3º Sande e Silva - Portugal - YAMAHA

4º Manuel João - Portugal - HONDA (1º Classe 2 Superprodução)

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6º André Cunha - Portugal - YAMAHA (1º Classe 1 Superprodução)

80cc Séniores e 80cc Júniores

1º José Ferreira - Portugal - KREIDLER - média de 128,1000 km/h

2º Sande e Silva - Portugal - CASAL

3º Manuel Duarte - Portugal - KREIDLER

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7º Vitor Pereira - Portugal - BULTACO (1º classe 80cc Júniores)

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